Plataforma One7 compra controle da fintech Rapidoo

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Foto: primeiro encontro presencial entre One7 e Rapidoo, após as negociações e “shaking hands” virtual. Da esquerda para a direita: Vicente Gueraldi, Raphael Monteiro, João Paulo B. Fiuza, Pedro de Cicco, Spencer Kuhlmann, Caspar Gerleve e Everaldo Moreira.

Fonte: Valor Econômico

Fundada em 2018 no interior de São Paulo, a plataforma de serviços financeiros One7 adquiriu o controle da fintech de antecipação de recebíveis Rapidoo e injetou R$ 50 milhões para a concessão de crédito. Em meio à crise, esse tipo de fintech tem sido alvo de investidores pela facilidade com que chegam a micro e pequenos empresários, público mais carente de recursos durante a pandemia de covid-19.

“O foco serão clientes que faturam até R$ 500 mil por mês, que costumam não ter acesso a crédito nem a serviços como frente de caixa e contas a pagar”, diz João Paulo Fiuza, presidente da One7. “Daremos um salto de ampliação geográfica com a aquisição, atendendo clientes de todo o país.”

Entre os negócios da One7, estão uma securitizadora, um Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC multissetorial ONE7 LP) e uma empresa de tecnologia que atendem empresas de pequeno e médio porte com faturamento entre R$ 6 milhões e R$ 120 milhões por ano, portanto a aquisição permitirá complementar o portfólio. A companhia reduziu a carteira em meio à crise e usou recursos de caixa para a compra da Rapidoo.

A empresa adquirida, por sua vez, foi fundada em 2016 pelo alemão Caspar Gerleve e os brasileiros Pedro de Cicco,Raphael Monteiro e Thiago Frigo. Acelerada pelos fundos de venture capital Canary e GFC, ela atendia, até então, empresas com faturamento médio até R$ 100 mil por mês e chegou a antecipar R$ 35 milhões em recebíveis. A empresa continuará independente, mas poderá usar a estrutura da One7, reduzindo os custos fixos.

A atividade de antecipação de recebíveis tem chamado atenção de investidores. Estima-se em 5 milhões o total de negócios que podem usufruir desse serviço, em todo o país, porque têm dificuldade de tomada de recursos nos bancos tradicionais e nas linhas liberadas pelo governo federal durante a crise.

“Essas fintechs conseguem chegar na ponta, então cresceu o interesse em ter um negócio desses”, diz Fiuza, que analisou outras quatro fintechs antes de decidir pela compra da Rapidoo. Saltou aos olhos do executivo também o programa lançado pelo BNDES para conceder crédito via fintechs para micro e pequenos empresáriosem meio à crise.

No fim de junho, a XP Inc. informou a compra de uma fatia majoritária na fintech Antecipa, fundada pelo empresário Camilo Telles. A companhia, que tem 20 mil empresas cadastradas na plataforma, sendo que 2 mil operaram nos últimos três meses, foca em antecipar para fornecedores de grandes empresas, chamadas de“âncora”, que acabam por garantir a transação, permitindo juros mais baixos.

De maneira geral, as taxas de juros para descontar um título ficam, em média, em 2,5% ao mês, mas pode subir a 4% ao mês sem a presença de uma empresa “âncora”, por exemplo. Em comparação, nos bancos ela fica em média em 1,2%, mais 0,5% em impostos, mas essas instituições normalmente aceitam clientes com baixo risco e limitam a concessão de recursos a negócios com pouco tempo de existência.

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