O que esperar no mercado de FIDCs em 2020?

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A expectativa para este ano no mercado de FIDCs Muticedente e Multisacado é promissora, considerando, em especial, cinco fatores:

– A manutenção da elevada taxa de crescimento anual da carteira de direitos creditórios superior à taxa de crescimento do crédito bancário;

– O amadurecimento dos principais players no mercado de cessão de crédito, seja: custodiante, gestor, administrador, auditor de lastro/contábil, consultor de crédito e da registradora de ativos financeiros;

– O elevado investimento em tecnologia, já que as análises de crédito acontecem com uma velocidade sem precedentes; a participação ativa dos órgãos regulador (CVM – Comissão de Valores Mobiliários) e auto-regulador (Anbima);

– A calibragem da legislação vigente para a constituição e funcionamento dos FIDCs, alinhada à Lei da Liberdade Econômica.

Nesse cenário, os FIDCs encontram espaço para se consolidarem cada vez mais e representarem uma ótima opção de tomada de crédito, em um contexto no qual as vantagens competitivas precisam ser renovadas constantemente para garantir a solidez dos negócios com o capital circulante.

Desde 2016, a taxa de crescimento do mercado de FIDCs vem superando a de crédito bancário, e isto reflete a capacidade do mercado de FIDCs em atender de forma diversificada e customizada as demandas típicas das empresas. A expectativa para 2020 não é diferente.

O mercado de fomento de crédito empresarial passa por constantes aperfeiçoamentos em meio a diversificação dos serviços financeiros, como a flexibilização no formato de atendimento, aliado a tecnologias que geram agilidade e previsibilidade do negócio. Estes pontos são os principais agentes de mudança do sistema tradicional, que geram cada vez mais oportunidades para que fintechs e Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs) acirrem a concorrência e ofereçam serviços alternativos aos bancos.

A evolução do sistema financeiro é um reflexo não só das necessidades dos clientes, mas também, do hiato gerado em um cenário onde a competição é estimulada em termos de novas ideias, conceitos e condições de tomada de crédito pelas empresas. Ou seja, a dinâmica de captação de recursos dos investidores e a concessão de crédito por parte das instituições financeiras tradicionais é alterada em novos modelos de negócio, como os FIDCs, que tem os recursos de seus acionistas e investidores como fonte de antecipação de recebíveis.

No Brasil, embora os FIDCs ainda tenham uma pequena parcela de participação no mercado de fundos, o instrumento de securitização vem ganhando cada vez mais espaço e trafega em um cenário mais que favorável para que deslanche expressivamente em 2020.

Por Everaldo Moreira, sócio diretor da One7

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